Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Brasil fecha série de amistosos contra os Estados Unidos com quatro derrotas

Volei

18/08/2018 23h00

Vôlei

Brasil fecha série de amistosos contra os Estados Unidos com quatro derrotas

Último dos duelos na preparação para o Mundial marcou a reabertura do Maracanãzinho. Campeãs olímpicas em 2008 receberam homenagem pelos dez anos do título inédito

Na reabertura do Maracanãzinho, a seleção brasileira feminina de vôlei foi superada pelos Estados Unidos pela quarta vez em quatro amistosos da série preparatória para o Mundial do Japão, que será disputado entre 29 de setembro e 20 de outubro. No sábado (18.08), os Estados Unidos venceram o Brasil por 3 sets a 1 (25/23, 18/25, 26/24 e 25/13), no Rio de Janeiro (RJ). O duelo ainda foi marcado pela homenagem aos 10 anos do primeiro ouro olímpico no feminino para o vôlei de quadra brasileiro. O próximo desafio da seleção feminina será o Torneio de Montreux, na Suíça, de 4 a 9 de setembro.

A central Thaísa voltou ao time depois de um período ausente por lesão no joelho. Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV

"A evolução do time foi notória desde o primeiro jogo em Brasília. Esse é o caminho. Para isso serviram esses amistosos, para enfatizar os nosso acertos e termos ciência dos erros"
Tandara, oposta

A ponteira norte-americana Madi Kingdon foi o destaque do duelo, com 23 pontos. Pelo lado do Brasil, a atacante Gabi foi quem mais marcou pontos, com 17 acertos. A oposta Tandara, que fez 11 pontos no duelo, fez uma análise da partida contra os Estados Unidos.

"Acredito que tivemos muita coisa boa e ao mesmo tempo muito o que melhorar. A evolução do time foi notória desde o primeiro jogo em Brasília. Esse é o caminho. Para isso serviram esses amistosos, para enfatizar os nosso acertos e termos ciência dos erros. Sabemos que precisamos trabalhar mais. Jogamos 16 sets em menos de uma semana, é muita coisa, cansa. Temos que focar no mundial", explicou Tandara.

"Os amistosos serviram como parâmetro de onde temos que melhorar. Jogamos contra o atual campeão da Liga das Nações. Temos que melhorar nossa velocidade de jogo, elas estão ainda acima. O time melhorou do primeiro jogo até hoje, sabemos os pontos positivos e negativos, então vamos buscar evoluir", afirmou Rosamaria. Os Estados Unidos defenderão, no Japão, o título mundial conquistado há quatro anos.

Na reta final de preparação, o técnico José Roberto Guimarães ainda espera contar com a recuperação física da ponteira Fernanda Garay, que voltou a treinar com a seleção em julho, da líbero Suelen, que sofreu fratura no dedo da mão, e da ponteira Natália, que passou por cirurgia no joelho. Ao longo dos amistosos, o treinador brasileiro pôde começar a testar, também, a central Thaísa, que vem de grave lesão no joelho, e a levantadora Dani Lins, que retornou ao grupo depois do nascimento de seu filho.

Mundial

No Mundial de 2018, o Brasil está no Grupo D, ao lado de Sérvia, República Dominicana, Cazaquistão, Porto Rico e Quênia. A primeira fase da chave será integralmente disputada na cidade de Hamamatsu. A estreia está marcada para 29 de setembro, contra Porto Rico. A segunda fase terá as disputas em Nagoya. Se chegar às semifinais e à decisão (20 de outubro), o Brasil jogará em Yokohama. Bicampeã olímpica e vencedora de 12 edições do Grand Prix, a equipe feminina nunca conquistou o título mundial.

Integrantes da geração de ouro de 2008, em Pequim, recebem homenagem pelos dez anos da conquista. Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV

Dez anos de Pequim

"Tenho orgulho de ter participado de uma geração tão vitoriosa, e 2008 foi muito especial porque deixei de ir a Atenas em 2004 em razão de uma lesão grave no joelho. Então esse ouro tem um significado especial em meu coração"
Paula Pequeno, ponteira na campanha do ouro em Pequim

A partida no Maracanãzinho marcou, ainda, uma homenagem pelos dez anos da primeira medalha olímpica do vôlei feminino brasileiro. A conquista ocorreu nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, na China.

Antes da partida amistosa, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) prestou homenagem, sob aplausos da torcida, ao elenco que alcançou o título até então inédito. Estiveram presentes Fabi, Jaqueline, Fabiana, Carol Albuquerque, Fofão, Sassá, Thaísa, Paula Pequeno e o técnico José Roberto Guimarães. Mari, Walewska e Valeskinha não puderam comparecer à festa.

Eleita a melhor jogadora no torneio olímpico, Paula Pequeno era uma das mais animadas. "Enquanto tocava o hino, lembrei de toda a nossa trajetória. São muitas lembranças. Tivemos que superar obstáculos, dores. Tenho orgulho de ter participado de uma geração tão vitoriosa, mas 2008 foi muito especial porque deixei de ir a Atenas em 2004 em razão de uma lesão grave no joelho. Então esse ouro tem um significado especial em meu coração, dentro da minha memória", disse Paula.

Capitã daquele time, a ex-levantadora Fofão se despediu da seleção após o final da campanha em Pequim e se divertiu ao relembrar a trajetória junto das companheiras na época. "Foi uma homenagem linda, pois pudemos dividir o espaço com a atual seleção e voltar um pouco no tempo. Estivemos juntas desde cedo, não paramos de rir, muitas lembranças boas, coisas que só quem viveu sabe o quanto foi gostoso. Ter a possibilidade de nos reunir, depois de dez anos, é ótimo", disse Fofão.

Em campanha com oito vitórias em oito partidas e apenas um set perdido, as meninas do Brasil venceram os Estados Unidos na decisão do dia 23 de agosto de 2008 por 3 sets a 1. O resultado, além do marco histórico, serviu para redimir o grupo que havia sido eliminado de forma dramática na semifinal de Atenas, em 2004. Naquela ocasião, o Brasil vencia a Rússia por 2 sets a 1 e fez 24 x 19 no quarto set. Num desses episódios que só o esporte proporciona, a Rússia virou o set, venceu o tiebreak e tirou o Brasil da final.

Rededoesporte.gov.br, com informações da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV)