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Esgrima

10/08/2016 16h17

Esgrima

Brasil é eliminado do sabre masculino e do florete feminino

Renzo Agresta caiu na estreia, enquanto Taís Rochel e Ana Beatriz Bulcão passaram pela primeira rodada e perderam na sequência

Renzo Agresta caiu na estreia da prova do sabre masculino. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br

Brasileiro melhor colocado no ranking mundial da esgrima, Renzo Agresta (21º) sofreu uma derrota dura nesta quarta-feira, na Arena Carioca 3. Em sua quarta edição de Jogos Olímpicos, ele foi derrotado na estreia pelo georgiano Sandro Bazadze por 15 x 3 na disputa individual no sabre.  “Infelizmente não joguei bem. No início tentei reagir, mas tive dificuldade tanto no ataque quanto na defesa. Eu estava na distância errada. Foi culpa minha. Não consegui colocar em prática a minha esgrima”, disse, decepcionado, o brasileiro que mora e treina em Roma, na Itália, um dos principais centros da modalidade.

"Infelizmente não joguei bem. No início tentei reagir, mas tive dificuldade tanto no ataque quanto na defesa. Eu estava na distância errada. Foi culpa minha. Não consegui colocar em prática a minha esgrima”
Renzo Agresta

Taís Rochel e Ana Beatriz Bulcão conseguiram passar pela primeira rodada, mas acabaram eliminadas na segunda fase da competição individual do florete. Rochel, número 80 do ranking mundial, venceu na estreia a atleta do Cazaquistão Lubna Alomair, por 15 x 13. Na fase seguinte, encarou a russa Aida Shanaeva, vice-campeã mundial, e foi derrotada por 15 x 6. “Eu fiz o meu melhor e faltou pouco. Joguei bem. Cheguei muito perto de uma campeã mundial. Este é o legado que deixamos”, comentou Taís. 

Ana Beatriz Bulção, vice-campeã sul-americana, enfrentou a romena Malina Calugareanu e venceu por 15 x 12. Na fase seguinte, pegou a russa Inna Deriglazova, prata nos Jogos de Londres-2012, e acabou superada por 15 x 6.  “Eu tinha a estratégia de ficar na defesa, mas ela já sabia que eu ia fazer isso e não deixou. Também tive dificuldade com a distância. Ela estava bem preparada, apesar de que, no início, o jogo estava equilibrado”,  avaliou a esgrimista. 

Evolução gradativa

Para Bia Bulcão, como é conhecida Ana Beatriz, a modalidade tem evoluído gradativamente, em função de investimentos que permitem intercâmbios dos atletas na Europa e treinos com os melhores do mundo. “É um pecado a gente não ter avançado, mas deu para mostrar que estamos chegando perto do nível mundial. O Toldo também fez história. Acho que o legado que a gente vai deixar é o nível que a gente atingiu”.

No último domingo, Guilherme Toldo chegou às quartas de final no florete, melhor resultado de um esgrimista do país em Jogos Olímpicos. Toldo foi derrotado nas quartas de final, por 15 x 8, pelo italiano Daniele Garozzo.  

Rio 2016 - Esgrima - 10/08/2016

“Agora muitas pessoas já sabem a diferença entre florete, espada e sabre. Há até pouco tempo os brasileiros não sabiam nem o que era esgrima. Outro dia um garoto me perguntou que arma eu usava na disputa: florete, espada ou sabre? Eu até chorei. Acho que a Olimpíada no Brasil deixou as pessoas mais interessadas e acredito que no futuro próximo a modalidade tenha mais visibilidade no país”, disse Taís. 

Com o fim das chances na chave individual, as brasileiras retornam nesta quinta-feira para as disputas por equipe. O time feminino mede forças com a Ucrânia na primeira rodada.  A equipe masculina enfrenta a Itália na sexta-feira e a Venezuela no domingo, sempre na Arena Carioca 3, no Parque Olímpico da Barra.

Michelle Abílio, brasil2016.gov.br