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Judô

18/03/2019 16h33

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Brasil conquista seis medalhas no Grand Slam de judô em Ecaterimburgo

Maria Suelen Altheman foi ouro, Mayra Aguiar e Maria Portela faturaram as pratas. Os bronzes vieram com Rafael Macedo, David Moura e Rafael Silva

O Brasil encerrou, no último domingo (17.03), uma campanha significativa no Grand Slam de Ecaterimburgo, na Rússia. Ao todo, a seleção faturou seis medalhas na competição: um ouro, duas pratas e três bronzes. O resultado deixou o país em quinto lugar no quadro geral, atrás de Rússia (1º), Israel (2º), França (3º) e Japão (4º).

#PraCegoVer: Fotografia mostra a atleta Maria Suelen aplicando um golpe em judoca francesa, na final do torneio.
Maria Suelen (de azul) conseguiu a vitória de virada, depois de uma desvantagem logo no início da luta. Foto: IJF/Divulgação

O maior destaque brasileiro foi o título da pesado Maria Suelen Altheman, que derrotou a francesa Anne Fatoumata M'Bairo na final, de virada, após sofrer um waza-ari. Antes disso, Suelen já havia vencido a israelense Raz Hershko e duas compatriotas: Rochele Nunes (atualmente atleta de Portugal), nas punições (3-2), e Beatriz Souza, na semifinal, por ippon.

Diante da francesa Anne Fatoumata M'Bairo, na decisão, Maria Suelen levou um waza-ari logo no primeiro minuto de luta. Mais agressiva, a brasileira foi para cima, empatou o combate no tempo normal e, no terceiro minuto do golden score, liquidou a disputa com mais um waza-ari. "Graças à sintonia com o técnico Mario Tsutsui, tive cabeça para conseguir virar o placar. Essa conquista me ajudou bastante no Ranking Olímpico e no classificatório para o Campeonato Mundial", avaliou Suelen.

Duas pratas

A primeira medalha foi faturada por Maria Portela (70kg), ainda no sábado (16). Com vitórias sobre a britânica e medalhista olímpica Sally Conway e sobre a japonesa Shiho Tanaka, Portela parou apenas na final diante da francesa Marie-Ève Gahié e ficou com a medalha de prata, sua primeira conquista em 2019.

"Eu estava me sentindo mal por não ter começado o ano ainda. Tive lutas ruins, até então, e, hoje, a tranquilidade fez toda a diferença. Estava me sentindo segura e, com o decorrer da competição, eu consegui soltar mais meu judô, me levando até a prata", disse Portela.

A outra medalha de prata ficou com Mayra Aguiar (78kg). Dona de dois bronzes olímpicos (Londres 2012 e Rio 2016), a judoca venceu a britânica Yeats-Brown na estreia e, nas quartas, passou pela japonesa Rika Takayama. Na semifinal, novo encontro com a austríaca Bernadette Graf, adversária da brasileira na final em Oberwart e nas quartas em Dusseldorf. Vitória para Mayra por waza-ari e classificação à terceira final consecutiva da brasileira no Circuito Mundial IJF.

Em duelo equilibrado com a japonesa Mao Izumi, Mayra conseguiu impor leve vantagem nas punições (2-1), mas caiu no shime-waza (estrangulamento) da adversária e bateu, desistindo do combate.

Três bronzes

O elenco masculino ainda conquistou três bronzes para o Brasil na Rússia, com Rafael Macedo (90kg), David Moura (+100kg) e Rafael Silva Baby (+100kg). Foram as primeiras medalhas da seleção masculina em 2019. 

Para conquistar sua primeira medalha em Grand Slam, Macedo derrotou o russo Khusen Khalmurzaev e o italiano Nicholas Mungai até parar no georgiano Beka Gviniashvili, na semifinal. A medalha veio com vitória por waza-ari sobre o holandês Jasper Smink.

"É minha primeira medalha em Grand Slam e estou muito feliz por essa conquista. Somei pontos importantes no ranking para conseguir minha vaga em Tóquio 2020. Foi um passo muito importante em busca dessa vaga. Mas, temos muito mais competições pela frente, e agora é continuar o trabalho duro para concretizar essa vaga em Tóquio", projeta Macedo que, com os 500 pontos da Rússia, deve melhorar sua 18ª colocação no ranking mundial.

Em seguida, os pesados David Moura e Rafael Silva Baby fizeram a dobradinha de bronze para o Brasil, derrotando, respectivamente, Stephan Hegyi, da Áustria, e o russo Anton Krivobokov.

Na Rússia, a seleção fecha uma sequência de três Grand Slams em dois meses, com onze medalhas conquistadas. Faltou pódio em Paris, mas a recuperação veio em seguida, em Dusseldorf, com cinco medalhas e, agora, mais seis em Ecaterimburgo. Foram dois ouros, três pratas e seis bronzes para o Brasil nos três Grand Slams de início de temporada.

Rededoesporte.gov.br, com informações da Confederação Brasileira de Judô (CBJ)