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Halterofilismo paralímpico

11/12/2017 11h08

México

Brasil celebra participação histórica no Mundial de Halterofilismo Paralímpico

Delegação nacional volta para casa com quatro medalhas conquistadas na Cidade do México: uma de ouro, uma de prata e duas de bronze

A participação do Brasil no Mundial de Halterofilismo Paralímpico, disputado no Ginásio Olímpico Juan de La Barrera, na Cidade do México, e encerrado na última sexta-feira (08.12), foi histórica.

O evento contou com a participação de 71 países e o Brasil enviou uma delegação de 17 atletas, entre os quais oito eram da categoria júnior e os demais do adulto. O grupo retornou para o Brasil no sábado (09.12) com quatro medalhas na bagagem. Jamais a bandeira nacional foi vista com tamanha frequência em Mundiais da modalidade.

Delegação brasileira que reunida em frente ao ginásio do Mundial de Halterofilismo, na Cidade do México. Foto: CPB/MPix

Os responsáveis pelos pódios brasileiros no Mundial Júnior foram o manauara Lucas Manoel, de apenas 16 anos, com o ouro na categoria até 49 quilos; o mineiro Mateus de Assis, 20, prata entre os atletas até 107 quilos (com 172 quilos na barra) e o bronze, na mesma classe, do paraense Vitor Afonso dos Santos, 20, com 164 quilos.

"Um ouro, uma prata e um bronze vindo de atletas que a gente não esperava nos dá a segurança de dizer que o balanço do Mundial Júnior é positivo. Aqui no México o Brasil contou com oito atletas desta categoria, o que mostra a força do trabalho dos Centros de Referência da modalidade espalhados pelo país, que está trabalhando a base", explicou Felipe Dias, coordenador do halterofilismo, citando os Centros de Referência em Desenvolvimento do Halterofilismo, que o CPB mantém em oito cidades de seis Estados e do Distrito Federal, desde 2013.

Entre os adultos, a medalha brasileira saiu dos esforços do baiano Evânio Rodrigues, 33 anos, na categoria até 88 quilos. Ele acumula agora duas notáveis performances no cenário internacional em duas temporadas consecutivas: em 2016, nos Jogos Paralímpicos do Rio, ele conquistou a prata nesta mesma categoria.

"A medalha do Evânio mostrou uma evolução muito boa, porque muito se falou que a prata do RIo 2016 foi 'falsa', porque os favoritos queimaram todas as pedidas e a prata caiu em seu colo", lembrou Felipe Dias. "Mas aqui a gente viu que não, que este bronze foi real, foi competitivo. Ele brigou com os caras que não conseguiram validar os movimentos nos Jogos Paralímpicos e aqui eles foram ouro e prata. Então, o bronze do Evânio é representativo", disse Dias.

Até então, a melhor performance do país em competições deste porte no halterofilismo havia ocorrido três anos atrás, em Dubai 2014, quando o Brasil conquistou um ouro entre os juniores, com Rafael Vansolin, e um bronze no adulto, com Márcia Menezes.

"Acho que estamos no caminho certo. O fundamental é continuar fazendo a máquina girar para trazer mais atletas jovens, porque a capacidade que o Brasil tem de desenvolver os jovens é impressionante. Então é nisso que vamos apostar", adiantou Felipe Dias.

O último dia de disputa do halterofilismo no México contou com a participação da carioca Tayana Medeiros, 24 anos, que terminou em oitavo lugar na categoria acima de 86 quilos, com 112 quilos na barra. O próximo Campeonato Mundial de Halterofilismo será na cidade de Astana, capital do Cazaquistão, em julho de 2019.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro