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Judô

08/04/2019 11h20

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Bia e Buzacarini conquistam prata e Brasil fecha GP da Turquia com quatro pódios

Além deles, Maria Portela (70kg) foi prata no sábado e Larissa Pimenta (52kg) conquistou o bronze no primeiro dia de competições do judô em Antalya

O judô brasileiro conquistou medalhas em todos os dias de disputa do Grand Prix de Antalya, na Turquia. Na sexta, teve o bronze de Larissa Pimenta (52kg). No sábado, a prata de Maria Portela, e no domingo, Beatriz Souza (+78kg) e Rafael Buzacarini (100kg) garantiram uma dobradinha de prata para o Brasil. Leonardo Gonçalves (100kg) e David Moura (+100kg) chegaram perto do pódio no domingo, mas deixaram o bronze escapar e ficaram em quinto. Dessa forma, o Brasil fechou a competição com três pratas e um bronze.

Apesar da derrota na final, Buzacarini, que chegou à segunda decisão consecutiva em Grand Prix nesta semana, venceu alguns dos principais nomes do meio-pesado masculino na caminhada. Passou pelo atual vice-campeão olímpico Elmar Gasimov, do Azerbaijão, nas quartas, e pelo vice-campeão mundial absoluto, Toma Nikiforov, da Bélgica, na semifinal. O belga foi o algoz do brasileiro Leonardo Gonçalves na disputa pelo bronze.

Buzacarini conquistou a segunda prata em duas etapas do GP disputadas em sequência. Foto: Gabriela Sabau/FIJ

Na final, Buzacarini enfrentou o francês Alexandre Iddir, que impôs volume maior de ataques e conseguiu forçar duas punições por passividade ao brasileiro. A luta seguiu sem pontuação para o golden score e Iddir encaixou um golpe para derrubar Buzacarini e ficar com o ouro.

"Fiz uma boa competição novamente, ganhei de grandes adversários, possíveis Top 10. Foram duas pratas em duas competições seguidas. Muito importante para mim. Minha evolução está consistente e tem muito mais para acontecer este ano ainda", avaliou o brasileiro, relembrando a prata no Grand Prix de Tbilisi, na Geórgia, no último domingo.

"Fiquei feliz por essa segunda final. Quero buscar um degrau de cada vez, ir seguindo e me sentir bem lutando"
Bia Souza

A pesado Beatriz Souza também repetiu na Turquia o resultado da Géorgia. Atual número oito do ranking mundial, a brasileira estreou com vitória sobre a italiana Eleonora Geri, nas oitavas, e passou pela alemã Jasmim Kuelbs, nas quartas. Na semifinal, Bia derrotou Maryna Slutskaya, da Bielorrússia, e só parou na final diante da azeri Iryna Kindzerska, número seis do mundo. "Fiquei feliz por essa segunda final. Quero buscar um degrau de cada vez, ir seguindo e me sentir bem lutando", projeta a judoca brasileira.

Portela

Atual número 10 do mundo e cabeça de chave número um em Antalya, Maria Portela estreou já nas oitavas-de-final com vitória nas punições sobre Aleksandra Samardzic, da Bósnia e Herzegovina. Nas quartas, derrotou a eslovena Anka Pogacnik com um waza-ari e avançou às semifinais.

Nessa fase, a brasileira encarou um duelo pan-americano com a venezuelana Elvismar Rodriguez e levou a melhor, projetando a adversária por ippon para chegar à final do Grand Prix. Na decisão, Portela conseguiu forçar duas punições à adversária, a grega Elisavet Teltsidou e neutralizar as tentativas de ataque nos primeiros minutos. No entanto, a rival conseguiu achar um espaço e encaixou o golpe perfeito para ficar com a medalha de ouro.

Maria Portela durante a final na Turquia: consistência. Foto: Gabriela Sabau/IJF

"Primeiro, gostaria de agradecer ao pessoal do Brasil que está sempre torcendo, quem treina comigo e me apoia sempre. Esse Grand Prix tinha boas adversárias, estava ainda mais forte do que o de Tbilisi (GEO). Eu fiz uma tática e consegui aplicá-la durante as lutas. Estou saindo feliz, apesar de ter perdido a final. Tem um longo caminho até 2020, mas cada passo é importante", avaliou Portela.

Quase lá

No pesado masculino, o Brasil também teve uma grande chance de subir ao pódio, com o vice-campeão mundial David Moura. Ele estreou com vitória sobre Furkan Guner, da Turquia, e passou pelo mongol Bat-Orshikh Sumiyabeis. Nas quartas, David foi superado por Levani Matiashvili, da Geórgia, e teve que se recuperar na repescagem, derrotando o russo Anton Krivobokov. A luta pelo bronze parecia controlada quando o brasileiro pontuou com um waza-ari, mas o romeno Vladut Simionescu reagiu e imobilizou Moura até o ippon.

Foi assim também com Leonado Gonçalves. Ele estreou vencendo o grego Georgios Malliaropoulos e avançou às quartas derrotando Mikita Sviryd, da Bielorrússia. Caiu em seguida para Alexandre Iddir, da França, mas garantiu o bronze ao derrotar o húngaro Zalan Ohat. Na luta pela medalha, Nikiforov conseguiu o ippon e o brasileiro ficou com a quinta colocação.

Os médios (90kg) Rafael Macedo e Gustavo Assis também lutaram no domingo, mas pararam na primeira rodada. A seleção retorna ao Brasil e já se apresenta na terça-feira, 9, em Pindamonhangaba, no Treinamento de Campo internacional da CBJ.

De Lima para Lima

A próxima competição do Brasil será o Pan-Americano de Judô, em Lima, no período de 26 a 28 de abril. Os convocados serão divulgados no dia 11. A disputa vale classificação para os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019.

Fonte: Confederação Brasileira de Judô