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15/09/2017 17h30

Bate-papo online

Atletas paralímpicos falam das lembranças dos Jogos Rio 2016 e da importância do programa Bolsa Atleta

Reveja a conversa do coordenador do Bolsa Atleta com Phelipe Rodrigues, Verônica Hipólito, Yohansson Nascimento e com o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro

O Ministério do Esporte e o portal Rede Nacional do Esporte realizaram na tarde desta sexta-feira (15.09) um bate-papo ao vivo pelo Facebook reunindo atletas paralímpicos, o coordenador-geral do Bolsa Atleta, Mosiah Rodrigues, e o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado. Participaram da conversa o nadador Phelipe Rodrigues (medalhista paralímpico em Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016 em provas de 50m e 100m livre e revezamento 4x100m) e os velocistas Verônica Hipólito (prata nos 100m e bronze nos 400m T38 no Rio) e Yohansson Nascimento (também medalhista em Pequim, Londres e Rio, nos 100m, 200m, 400m T46 e T47, além de revezamento T42-T46). O encontro foi transmitido pela página do Ministério do Facebook e, também, pelo perfil da pasta no Instagram. 

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Foto: Nádia Medeiros/CPB

O debate girou em torno da realização dos Jogos Paralímpicos no Brasil em 2016, do legado em infraestrutura edificado como o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, e a importância dos programas Bolsa Atleta e Bolsa Pódio para o dia-a-dia de quem pratica esporte de alto rendimento.

"Vários fatores contribuem para a conquista de medalhas. O suporte financeiro oferecido pela bolsa é um dos pilares, assim como a equipe de treinadores, os equipamentos, a estrutura – e este centro de treinamento aqui é um exemplo", disse Mosiah Rodrigues.

Verônica comentou sobre a projeção que o esporte paralímpico brasileiro vem ganhando nos últimos anos. "Hoje, o Brasil é uma referência. Não só em resultado, mas também em estrutura. Amigos de outros países ficam maravilhados neste CT. O esporte paralímpico brasileiro está consolidado e isso se reflete nos resultados".

Há um ano, o apoio vindo das arquibancadas durante as provas foi essencial para Yohansson manter a média de duas medalhas por edição de Paralimpíadas. "Mesmo com a dificuldade de um nome diferente, a torcida apoiava muito. Minha família e meus amigos estavam ali", conta o atleta. "Em Tóquio, estarei com 32 anos e espero novamente trazer medalhas para o Brasil. Tenho certeza que o Ministério do Esporte continuará a ser um parceiro fundamental".

"A sensação que tive em cada prova eu nunca tinha presenciado em 15 anos de natação. Nas minhas provas de 50m e 100m livre, nunca tinha escutado o pessoal torcendo. Ouvia só a minha respiração. Mas, aqui no Brasil, parecia que a torcida estava atrás de mim, gritando e torcendo. Os atletas brasileiros sentiram na pele o empurrão extra da torcida", acrescentou Phelipe.

O nadador contou que só conseguiu treinar por dois anos na Inglaterra por conta da Bolsa Pódio. "Sem esse apoio, não poderia ter me mudado para o exterior para treinar. Tive que ir porque não havia estrutura aqui no pais. Hoje, temos o melhor que existe. E podemos utilizar o valor da bolsa em suplementos, equipamentos, alimentação e equipe de apoio multidisciplinar", acrescentou Phelipe.

Quanto ao Centro de Treinamento, o presidente do CPB conta que o local já recebeu mais de 100 eventos desde que foi inaugurado em 2016. "Estivemos em centros na Coreia, na China, na Ucrânia e nos Estados Unidos para idealizarmos essa estrutura que temos aqui hoje. Acho que conseguimos reunir um pouco de cada um deles aqui. Ainda vamos melhorar, com novos laboratórios", explicou Mizael Conrado. "De Sydney-2000 para os Jogos do Rio em 2016, avançamos do 24º para o 7º lugar no quadro de medalhas. Em Atlanta-1996, éramos 34º. E, agora, esse CT significa a possibilidade de seguir avançando".

Assista ao bate-papo:

 

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