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Canoagem

18/09/2018 10h42

Mundial Slalom 2018

Ana Sátila e Omira Neta: as ‘irmãs coragem’ da canoagem slalom do Brasil

As irmãs vão disputar o Mundial de Canoagem Slalom, entre os dias 25 e 30 deste mês, no Rio de Janeiro

As irmãs Ana Sátila, 22 anos, e Omira Estácia Neta, 18 anos, carregam a paixão por uma dose extra de aventura e coragem. As duas se renderam à adrenalina das águas do Rio das Mortes em Primavera do Leste, município interiorano de Mato Grosso, desde criança. Atualmente, integram a Seleção Brasileira de Canoagem Slalom. Incentivadas pelo pai Cláudio Vargas, ex-atleta amador de natação, elas logo tomaram gosto pelo esporte e vão disputar juntas o Campeonato Mundial de Canoagem Slalom Rio 2018, entre os dias 25 e 30 deste mês, no Parque Radical do Rio.

O evento esportivo reúne cerca de 250 atletas de 40 países. As irmãs iniciaram os treinos juntas nas corredeiras da pista de Deodoro, mas nem de longe esboçam qualquer rivalidade. Aliás, percebe-se uma imensa cumplicidade entre as duas.

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As irmãs Ana Sátila e Omira Neta disputam o Mundial de Canoagem Slalom Juntas. Foto: Divulgação

Nascidas em Iturama, interior de Minas Gerais, Ana e Omira seguiram com a família para Mato Grosso quando tinham 7 e 2 anos de idade, respectivamente. Primeiro, as irmãs aprenderam nadar sob a orientação do pai, mas logo migraram para a canoagem, que foi iniciada no Rio das Mortes, conhecido por suas correntezas.

O rio não era apropriado para a prática de canoagem, mesmo a slalom, que é considerada a mais radical entre as modalidades, o que não impediu que se apaixonassem pelos remos. "No início a sensação, ao remar, era de medo. Porém, como era muito divertido a gente se apaixonou", revela Ana Sátila, com o aval de Omira.

Competições
O Campeonato Mundial de Canoagem Slalom Rio 2018 não será o primeiro disputado juntos pelas irmãs no currículo. No ano passado, elas conquistaram medalhas na Copa do Mundo de Canoagem Slalom, na Cracóvia, Polônia. Ana ficou com o bronze, na categoria C1 (canoa individual) e Omira conquistou a prata no K1 Extremo (caiaque individual – modalidade não olímpica, praticada com quatro atletas ao mesmo tempo na pista que, ao invés de acessarem o canal de competição pela esteira, saltam direto de uma ponte sobre as águas).

Elas também participaram juntas do Mundial Júnior & Sub-23, realizado em Ivrea, na Itália, neste ano. Na prova do K1 Extremo Cross Sub-23, Ana levou a melhor na disputa e segurou a medalha dourada, já Omira garantiu a 4ª colocação.

"Nunca a vejo como rival. Quero sempre que ela reme bem. Estamos num nível um pouco diferente. Ela é muito jovem, então, tento passar um pouco do que sei para ela", garante. Já Omira quer seguir os passos da irmã. "Tenho ela como um espelho para mim e estou indo sempre atrás dela", diz.

O Campeonato Mundial de Canoagem Slalom 2018 é uma realização da Academia Brasileira de Canoagem (ABraCan) e da Confederação Brasileira de Canoagem, com o apoio da Federação Internacional de Canoagem, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Ministério do Esporte.

Fonte: Mundial Slalom 2018