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Atletismo

25/07/2016 16h13

Jogos Rio 2016

Aeronáutica ativa esquema de segurança para cerimônia de abertura da Vila Olímpica

Voos de ultraleves, de parapente ou saltos de paraquedas são algumas das categorias afetadas pelas restrições durante o evento

As duas áreas de segurança em torno da Vila Olímpica, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro – branca e vermelha – foram ativadas neste domingo (24.7), com diferentes proibições. As restrições foram comunicadas à comunidade aeronáutica por meio do Guia Prático de Consulta sobre as Alterações do Espaço Aéreo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, em documento técnico publicado em 15 de dezembro de 2015, e complementadas por meio de avisos aos aeronavegantes (NOTAM).

Voos de ultraleves, de parapente e de aeronaves remotamente pilotadas (RPA), assim como saltos de paraquedas, por exemplo, são algumas das categorias que estão afetadas pelas medidas de restrição durante o evento.

A restrição do espaço aero durante os Jogos Rio 2016 terá duas áreas de segurança, a branca e a vermelha, com diferentes níveis de proibições. Foto: Fábio Maciel

A partir de 3 de agosto, com o início das competições de futebol, que ocorrerão no Estádio Olímpico do Engenhão, e o funcionamento da Vila Olímpica, a área vermelha da Barra da Tijuca estará ativada 24 horas por dia. Somente poderão voar aeronaves que possuam autorização expressa do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDADRA), incluindo as das Forças Armadas, órgãos de segurança pública, chefes de estado e autoridades públicas, aeronaves-ambulância e aquelas utilizadas pelas organizações dos eventos esportivos.

O Aeroporto de Jacarepaguá, que fica a uma milha e meia do Parque Olímpico, será usado apenas para operações de segurança. Os veículos aéreos que descumprirem as restrições poderão ser interceptados por aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).

Para abertura da Vila Olímpica, a zona de exclusão aérea foi ativada a partir das 8h do domingo (24.7). A ação foi coordenada pelo COMDABRA e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), em uma atuação conjunta da defesa aérea e controle de tráfego aéreo.

Segundo o Coordenador da Sala Master de Comando e Controle, brigadeiro Luiz Ricardo de Souza Nascimento, o Centro de Operações Militares (COpM) do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) gerenciou o acionamento e a coordenação de todos os alertas de defesa aérea.

O Centro de Operações Militares 2. Foto: Fábio Maciel

“Por intermédio do Sistema de Gestão de Voos Olímpicos e Paralímpicos (SGVOP), o COpM 2 recebeu as listas das aeronaves autorizadas pelo COMDABRA para voar nas áreas ativadas. Esta estreita coordenação permitiu melhor resposta nas ações de defesa aérea, que são de responsabilidade do COMDABRA”, esclarece o brigadeiro Luiz Ricardo , que acompanhou a operação direto do COpM 2.

De acordo com o adjunto da Sala Master, tenente-coronel Antônio Márcio Ferreira Crespo, o trabalho da sala contribuiu para a coordenação das ações de monitoramento do fluxo de tráfego aéreo, segurança e defesa do espaço aéreo. “Atualizou, também, os membros da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) com relação aos status das áreas ativadas”, acrescentou o oficial.

O esquema de segurança faz parte das ações de gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo e defesa área para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Serão mais de 15 mil militares e 80 aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) envolvidos no evento. Esse modelo já foi empregado em outras ações, como a Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável – Rio + 20, em 2012, a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, e a Copa do Mundo, em 2014.

Apesar das restrições no espaço aéreo brasileiro, as medidas não afetam o fluxo de aeronaves que decolam e pousam nos aeroportos do Rio de Janeiro. “As mudanças funcionaram conforme o planejamento inicial. O treinamento realizado permitiu que os possíveis impactos na circulação aérea fossem minimizados”, avalia o brigadeiro Luiz Ricardo.

Fonte: Ministério da Defesa, com informações da Força Aérea