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26/04/2015 00h05

500 dias: Brasileiros e estrangeiros aguardam ansiosos os Jogos Paraolímpicos

Atletas contam os dias para a chegada de 7 de setembro de 2016 e sonham com a cerimônia de abertura no Rio de Janeiro

A 500 dias dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016, a expectativa de competir diante da torcida brasileira, na primeira edição do evento na América do Sul, faz com que esportistas de todas as modalidades paraolímpicas contem as horas e os minutos para a competição, que será disputada entre 7 e 18 de setembro do ano que vem, no Rio de Janeiro.

Na opinião do velocista Alan Fonteles, campeão paraolímpico e mundial, o tempo tem passado cada vez mais rápido à medida que os Jogos se aproximam. “Há algum tempo, faltavam quatro anos e agora está tão próximo, tão perto. Passou rápido, voou. Estou bastante ansioso, quero que esse dia chegue logo para estar com toda a torcida gritando o nome do Brasil”, afirma. “Quatro anos podem ser longos, mas para o atleta passa rápido. Estou contando os dias”, confessa.

Com quatro medalhas de Paraolimpíadas no currículo (duas de prata, uma de bronze e o ouro nos 200m T46 em Londres 2012), o também velocista Yohansson do Nascimento se prepara para a terceira edição dos Jogos.  “Parece que foi um dia desses que eu estava em Londres, ganhando aquele ouro. E hoje posso falar: 'poxa, no próximo ano vai ser aqui no Brasil'. Estou feliz! Quero fazer meu papel, fazer meu melhor resultado e que esse resultado venha com medalha no peito. A gente dorme e acorda pensando nos Jogos do Rio de Janeiro. Não quero correr pressionado pelo fato de ser aqui no Brasil, mas quero correr com alegria e fazer meu melhor resultado”, afirma.

O mesatenista Bruno Peres lembra que os atletas se preparam durante quatro anos para chegarem bem ao momento maior do esporte paraolímpico. “Tudo que venho trabalhando nesses últimos anos vai se concluir em 2016. Quando falam que só faltam 500 dias, o coração já começa a disparar. Saber que vou estar lá em 2016, na minha casa, com o Brasil todo lá, é uma sensação que já me deixa feliz e emocionado por poder representar o meu país no maior evento esportivo do mundo”, conta.

A ansiedade por querer mostrar o melhor também já toma conta da mesatenista Joyce Fernanda de Oliveira. “Eu já estou nervosa. Quando chegou o ano de 2015 já comecei a pensar em 2016. Cada vez está mais perto, mas esse é o meu objetivo e estou treinando para isso”, diz a atleta. “Fica mais emocionante porque a gente vê que está chegando a hora e a gente tem que se preparar cada vez melhor. Imagino subir no pódio com aquela medalha e ouvir o hino nacional em casa. Seria maravilhoso”, completa Shirlene Coelho, do lançamento de dardo.

CPB divulgação
CPB divulgação#O campeão paraolímpico e mundial Alan Fonteles (040): "Estou bastante ansioso, quero que esse dia chegue logo "
O campeão paraolímpico e mundial Alan Fonteles (040): "Estou bastante ansioso, quero que esse dia chegue logo "

Com seis medalhas em Jogos Paraolímpicos (três de ouro, uma de prata e duas de bronze), a velocista Terezinha Guilhermina disputará a quarta edição da competição no Rio de Janeiro. “O coração bate mais forte, a noção de responsabilidade se intensifica, mas a certeza de que estou fazendo a melhor preparação para chegar lá e dar tudo certo me garante uma tranquilidade para continuar o caminho rumo à vitória, ao sucesso e à superação em 2016. Quero que a cereja do bolo fique com a gente. Vou fazer o meu melhor para que nada me impeça de conquistar o que sempre sonhei e almejei”, garante.

Estreantes

Para os jovens que vão disputar pela primeira vez os Jogos Paraolímpicos, a expectativa é ainda maior. “É uma Olimpíada no Brasil, né? Paraolimpíada, no caso. Isso é sensacional. A gente vai estar em casa, vai ter uma estrutura sensacional, não vai ter nada do que reclamar, vai estar com a família na plateia, então acho que vários fatores vão colaborar mais ainda para o resultado”, prevê o nadador Tallison Glock, de 20 anos.

CPB divulgação
CPB divulgação#O velocista Petrucio Ferreira, de 18 anos, conta os dias para competir em 2016: "A emoção vai falar mais alto na hora"
O velocista Petrucio Ferreira, de 18 anos, conta os dias para competir em 2016: "A emoção vai falar mais alto na hora"

Recordista mundial nos 200m classe T47, o velocista Petrucio Ferreira, de apenas 18 anos, é outro que mal pode esperar pelos Jogos Rio 2016. “A emoção vai falar mais alto na hora. Imagino daqui a 500 dias estar representando o Brasil nos Jogos Paraolímpicos em casa. Espero chegar bem para representar o nosso país. Creio que a minha família vai estar ao lado lá na arquibancada, torcendo por mim e me motivando mais ainda”, espera.

Estrangeiros

A contagem regressiva também já começou entre os estrangeiros. Embora não tenham o “fator casa” como ingrediente, eles admitem que a expectativa é grande e esperam uma festa única na história dos Jogos.

Para o nadador sul-africano Kevin Paul, o sucesso da Copa do Mundo, em 2014, permite projetar um clima tão alegre e envolvente quanto aquele que foi visto no evento de futebol. “Se você olhar para o que foi a Copa do Mundo no ano passado, para as pessoas desse país... Todo mundo sabe que será um grande evento. Será um evento festivo, os brasileiros gostam de se divertir. Então será uma ótima maneira de o Brasil mostrar para todo o mundo que, quando vocês se unem como país, são capazes de fazer qualquer coisa”, elogia.

Os nadadores suecos Karl Forsman e Mikael Fredriksson também esperam muita energia positiva vinda das arquibancadas. “Serão os meus primeiros Jogos Paraolímpicos, então espero uma experiência diferente. Espero que consiga aproveitar a energia que virá dos torcedores e das arquibancadas”, diz Karl. “Eu adoro o Brasil. Espero que a torcida seja tão animada quanto nos Jogos de Londres, que foram incríveis”, completa Mikael.

Quatro vezes campeão paraolímpico, o nadador mexicano Juan Ignacio Reyes está pronto para disputar a competição pela quinta vez. Ele lembra que os Jogos do Rio serão também uma festa das Américas. “Estive no Rio em 2007, nos Jogos Parapan-Americanos, foi uma grande experiência. É um país hospitaleiro e amistoso. Espero que o Rio 2016 seja uma grande experiência, um grande evento. Acho que o Brasil demonstrou um grande nível de organização, então não duvido que Rio 2016 também seja assim”, projeta.

Mateus Baeta – brasil2016.gov.br