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23/03/2015 15h28

500 dias: Aviação Civil aposta em reedição do sucesso da Copa e em acessibilidade

Ministro Eliseu Padilha explica o plano de operações do setor para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos

A Copa de 2014 movimentou 17,8 milhões de passageiros em 21 aeroportos brasileiros durante o período do torneio. O nível de atraso de 6,9% foi inferior às médias mundiais e determinou o sucesso do megaevento nos terminais do país.  É com esse pano de fundo que a Secretaria de Aviação Civil (SAC) trabalha para receber delegações de 205 países que virão ao Rio em 2016 para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.  

“Vamos melhorar o nível de conforto, que já foi muito bom na Copa. Nossos recursos humanos estão selecionados e sendo treinados. Vamos realizar também eventos-teste”, afirmou o ministro Eliseu Padilha, titular da SAC, que tem como uma das prioridades trabalhar para garantir que os aeroportos sejam acessíveis para os atletas paraolímpicos. informalmente na pasta, é comum o comentário de que os Jogos Olímpicos serão uma espécie de evento-teste para os Jogos Paraolímpicos, dado o desafio logístico e operacional do segundo evento.

“Teremos muitos atletas portadores de necessidades especiais. Estamos preparando, e para isso precisamos da colaboração de vários dos entes do nosso comitê e da sociedade civil, um ensaio com uma aeronave que simule o embarque o desembarque de passageiros com necessidades especiais. Talvez tenhamos que fabricar equipamentos que possam dar a essas pessoas o conforto que elas têm em seu país de origem e, se pudermos, mais conforto ainda”.

Confira a entrevista:

Experiência acumulada

Estamos contando obviamente com a experiência que adquirimos. Tivemos grandes eventos com o planejamento da Conaero. Primeiro a Rio+20, que temos de reconhecer que foi um grande sucesso, assim como a Jornada Mundial da Juventude, a Copa das Confederações e a Copa. Agora, acumulando essa experiência, vamos enfrentar as Olimpíadas e Paraolimpíadas.Elio Sales/SAC

Copa do Mundo

Em nossa experiência na Copa tivemos o mesmo grupo tratando, cuidando, administrando e planejando a operação de 90 aeroportos. Chegamos a movimentar 560 mil passageiros no dia 14 de julho de 2014. Tivemos o tempo médio para desembarque e recebimento das delegações, inclusive com bagagem, de 31 minutos. Tivemos ainda, dentro do padrão internacional, um índice de atraso de todas as operações de 6,94%.

Preparação

Vamos melhorar o nível de conforto, que já foi muito bom. Nossos recursos humanos estão selecionados e sendo treinados. Vamos realizar também eventos-teste. Faremos simulações para que possamos, quando tivermos que jogar de verdade, estar preparados.

Recepção planejada

Na capacitação se faz uma projeção dos países e das línguas que terão que ser interpretadas. Por óbvio o treinamento prevê que a atenção que se dá a qualquer pessoa tem que ser especial, mas o idioma está entre os preparativos que estamos tendo cuidado. Temos que ter condição de receber qualquer pessoa que chegue ao Brasil falando qualquer língua dentro daquelas que foram habilitadas.

Investimentos privados

Temos o privilégio de dizer que temos um processo absolutamente bem-sucedido de concessões aeroportuárias. Rio de Janeiro e São Paulo são os estados da federação onde temos os aeroportos com maior capacidade de mobilização de passageiros. Teremos tanto no Galeão quanto em Guarulhos obras feitas pelas concessionárias para os Jogos que estarão concluídas a tempo.

Rapidez na imigração

Para que se facilite o acesso de todos os atletas e comissões técnicas, uma das propostas em discussão para que haja fluidez e rapidez no processo é o uso da credencial. O atleta passa a credencial por um leitor ótico e passa praticamente sem parar, sem apresentar passaporte.

Plano de operações

Na Copa mapeamos 90 aeroportos. Não foi necessário demandar todos eles, mas por certo não ficaram todos os aviões nas cidades-sede onde havia jogos da Copa. Tivemos que mandar aviões para fora do Galeão, por exemplo, onde tivemos grande fluxo de aeronaves. Para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, estamos preparando uma gama de aeroportos que possam servir de suporte.

Desafio de acessibilidade

Teremos muitos atletas portadores de necessidades especiais. Estamos preparando, e para isso precisamos da colaboração de vários dos entes do nosso comitê e da sociedade civil, um ensaio com uma aeronave que simule o embarque o desembarque de passageiros com necessidades especiais. Vamos ver como se comporta o equipamento que temos à disposição. Talvez tenhamos que fabricar equipamentos que possam dar a essas pessoas o conforto que elas têm em seu país de origem e, se pudermos, mais conforto ainda.

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Vagner Vargas – brasil2016.gov.br