Você está aqui: Página Inicial / Megaeventos / Casa Brasil / Depoimentos de transplantados incentivam doação de órgãos

Geral

12/09/2016 18h17

Casa Brasil

Depoimentos de transplantados incentivam doação de órgãos

Visitantes também podem assistir a vídeos e ler depoimentos de famílias de receptores, que contam como o transplante deu um novo começo às suas vidas

Uma atitude que merece todas as medalhas. O Armazém 2 da Casa Brasil, no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, está sediando, até o próximo domingo (18), a exposição Gesto de Herói, que pretende conscientizar a população da importância da doação de órgãos. A ação mostra ao público exemplos de atletas transplantados como Liège Gautério, do Atletismo, o cliclista Renato Incau e o judoca Bruno Cunha.

Parceria entre o Ministério da Saúde e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o projeto tem o objetivo de ampliar o debate e colocar o tema nas discussões familiares. No estande, os visitantes podem assistir a vídeos e ler depoimentos de famílias de doadores e de receptores que contam como o transplante deu um novo começo às suas vidas.

Continuando a visita, enfermeiras e profissionais experientes na área apresentam paineis explicativos que esclarecem mitos e verdades acerca do tema, por vezes ainda visto como tabu. Segundo o Ministério da Saúde, um dos principais desafios para o Sistema Nacional de Transplantes é diminuir a taxa de recusas familiares à doação de órgãos.

Foto: Rafael Azeredo / Casa Brasil
Foto: Rafael Azeredo / Casa Brasil

O estande tem ainda um grande coração onde o visitante pode tirar fotos e compartilhar com a hashtag #GestoDeHeroi em sua rede social preferida. "O que precisamos para que as filas de espera por transplantes diminuam é que as pessoas se declararem doadoras e avisem aos seus familiares", diz Liège Gautério, que conquistou medalha de ouro nos 100 metros e prata nos 200 metros nos Jogos Mundiais para Transplantados, em agosto de 2015, na Argentina. Ela passou por transplante de pulmão em 2011, após descobrir uma fibrose.

Atualmente, a pessoa que pretende doar seus órgãos não precisa deixar a intenção registrada por escrito ou em documentos como a carteira de motorista. Pela legislação, os familiares é que devem autorizar a doação em casos de doação após a morte encefálica.

A fila para transplantes no Brasil tinha mais de 42 mil pessoas na espera no fim do primeiro semestre deste ano e é o país líder em aceitação familiar na América Latina. No entanto, a taxa de aceitação familiar caiu em 2015, passando de 58% para 56%, patamar que se manteve no primeiro semestre.

O Projeto "Gesto de Herói – o poder de doar vida" percorrerá ainda os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. A entrada é sempre gratuita

Assim, mais 40% das famílias brasileiras rejeitam a doação de órgãos de um parente com diagnóstico de morte encefálica. O problema é mais grave nas Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

O Projeto "Gesto de Herói – o poder de doar vida" percorrerá ainda os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, sempre com entrada gratuita. Na Casa Brasil, a exposição pode ser visitada diariamente entre 10h e 20h.

Já no sábado (17), entre 10h e 17h, o auditório do Armazém 2 será palco de um evento sobre o Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos, que é lembrado em 27 deste mês.

Equipe Casa Brasil