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CASA BRASIL
Campeonato Brasileiro de Esportes Eletrônicos começa na Casa Brasil
No período entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos a Casa Brasil passa o fim de semana... jogando! O auditório do Armazém 1 recebe o Campeonato Brasileiro de Esportes Eletrônicos, que tem competições dos jogos Counter-Strike, nesta sexta-feira, League of Legends, no sábado e Hearthstone no domingo. O campeões se classificam para o Mundial da Federação Internacional de Esportes Eletrônicos (IeSF), em Jacarta, na Indonésia, em outubro.
Participam equipes com representantes do Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Goiás, Rio Grande do Sul e Bahia. Os jogos são transmitidos por telão para a plateia. Antes do início das disputas, um painel debateou o desenvolvimento do esporte eletrônico no Brasil. O secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, o sucesso da modalidade leva à reflexão do que é esporte.
“No videogame o atleta tem que ter a mente alinhada e concentrada, então tem que estar com equilíbrio físico e mental”, disse, comparando os gamers com os atletas dos esportes tradicionais.
Os jogadores têm rotina digna de atletas de alto nível dos esportes “não-virtuais”. Lorenzo Araújo, jogador de Counter-Strike, conta que são muitas horas de treinamento.
“Geralmente jogamos do fim da tarde até de madrugada. Disputamos campeonatos no Brasil e no exterior. Atualmente é dedicação exclusiva”, contou.
Daniel Cossi, presidente da Confederação Brasileira do Desporto Eletrônico, defendeu que os praticantes tenham direitos trabalhistas como em outras profissões: “Queremos garantir a segurança, as vantagens educacionais e os direitos, como os que tem qualquer trabalhador”.
O presidente da Federação do Estado do Rio, Paulo Roberto Ribas, lembrou que o fato de o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, ter participado da cerimônia de encerramento das Olimpíadas fazendo menção ao personagem dos games Super Mario mostra que existe ligação entre os jogos eletrônicos e os esportes convencionais. Já há um movimento para levar os esportes eletrônicos às Olimpíadas.
“Nosso papel é fazer com que cada vez mais praticantes tenham acesso ao esporte. As equipes hoje têm treinador, psicólogo, nutricionista”, relatou Ribas. O diretor da Federação Internacional de Esportes Eletrônicos (IeSF, na sigla em Inglês), Colin Webster, disse que a inclusão como esporte olímpico deve ser feita passo a passo: “Exige trabalho conjunto entre federações, governos e instituições locais”.
Nicolle Merhy, jogadora e manager da equipe Black Dragons, que disputou o campeonato de Counter-Strike, lembrou que os atletas chegam a treinar oito horas por dia, carga horária semelhante aos empregos tradicionais. “Está mais que na hora (de os jogos eletrônicos) serem considerados esporte. Não ter um salário fixo é um absurdo. A oportunidade de ter um comitê dedicado à inclusão nas Olimpíadas faz crescer muito o esporte”, comentou.
Os visitantes da Casa Brasil podem ter contato diariamente com os jogos eletrônicos no lounge montado no Armazém 2. No período entre Olimpíadas e Paralimpíadas, a Casa Brasil funciona de 14h às 20h; durante as Paralimpíadas, o horário será de 10h às 20h.
Equipe Casa Brasil